Na madrugada desta segunda-feira (23), Taiza Lima da Cunha, de 20 anos, foi encontrada morta em sua residência no Bairro do Cruzeiro, em Conceição do Coité. A principal suspeita é que a jovem tenha sido vítima de esganadura, ato de pressão no pescoço que interrompe a passagem de ar e pode levar à morte. A informação foi divulgada pelo Portal Raízes.
O guarda municipal conhecido como Moreira localizou o suspeito nas proximidades da delegacia de Conceição do Coité e o reteve até a chegada da Polícia Militar. “Ele estava muito nervoso e dizia apenas que a morte foi causada por um infarto”, afirmou Moreira.
Hematomas e depoimentos contraditórios
Informações apuradas pela jornalista Rafaela Rodrigues indicam que Taiza apresentava hematomas no pescoço. Questionado, o companheiro da vítima alegou que as marcas teriam sido provocadas durante um momento íntimo entre os dois.
Após a chegada da PM, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Serrinha, onde o delegado plantonista, Mateus Nery, deu andamento ao caso. “O boletim de ocorrência está sendo finalizado. Foram expedidas guias para perícia no local do crime e necropsia. Além disso, será realizada a oitiva dos policiais e do suspeito. Em depoimento, ele manteve a versão de que os hematomas eram resultado de um ato consensual e solicitou a necropsia para comprovar sua inocência”, explicou o delegado.
Histórico de brigas e ameaças
Rosy revelou à jornalista que as brigas entre Taiza e o companheiro eram frequentes e que ele já havia feito ameaças contra ela. “Eles brigavam muito, e ele chegou a ameaçá-la várias vezes, mas ela nunca registrou um boletim de ocorrência. Não posso acusá-lo antes que o laudo saia, mas é devastador perder minha irmã assim”, desabafou Rosy, pedindo que o caso seja esclarecido e, se houver culpa, que o responsável seja punido.
Exames preliminares
Na tarde desta segunda-feira, o suspeito passou por exames de lesões corporais. Segundo o delegado Mateus Nery, não foram encontrados indícios que apontassem para feminicídio, como marcas de luta ou reação por parte da vítima. O suspeito segue colaborando com a investigação e reafirmou sua versão dos fatos.