05 fev 2025

Jovem é encontrada morta em Conceição do Coité com marcas de violência no pescoço

Na madrugada desta segunda-feira (23), Taiza Lima da Cunha, de 20 anos, foi encontrada morta em sua residência no Bairro do Cruzeiro, em Conceição do Coité. A principal suspeita é que a jovem tenha sido vítima de esganadura, ato de pressão no pescoço que interrompe a passagem de ar e pode levar à morte. A informação foi divulgada pelo Portal Raízes.

De acordo com a irmã da vítima, identificada como Rosy, o companheiro de Taiza foi até sua casa para informar sobre o ocorrido. “Era por volta de 3h30 da manhã quando ele chegou dizendo que minha irmã estava morta. Perguntamos como aconteceu, e ele disse que eles estavam conversando na cama, ela tomou um susto e não acordou. Diante disso, chamei meu compadre, que é policial. Ele suspeitou que a história estava mal contada e acionou os colegas”, relatou Rosy.

O guarda municipal conhecido como Moreira localizou o suspeito nas proximidades da delegacia de Conceição do Coité e o reteve até a chegada da Polícia Militar. “Ele estava muito nervoso e dizia apenas que a morte foi causada por um infarto”, afirmou Moreira.

Hematomas e depoimentos contraditórios

Informações apuradas pela jornalista Rafaela Rodrigues indicam que Taiza apresentava hematomas no pescoço. Questionado, o companheiro da vítima alegou que as marcas teriam sido provocadas durante um momento íntimo entre os dois.

Após a chegada da PM, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Serrinha, onde o delegado plantonista, Mateus Nery, deu andamento ao caso. “O boletim de ocorrência está sendo finalizado. Foram expedidas guias para perícia no local do crime e necropsia. Além disso, será realizada a oitiva dos policiais e do suspeito. Em depoimento, ele manteve a versão de que os hematomas eram resultado de um ato consensual e solicitou a necropsia para comprovar sua inocência”, explicou o delegado.

Histórico de brigas e ameaças

Rosy revelou à jornalista que as brigas entre Taiza e o companheiro eram frequentes e que ele já havia feito ameaças contra ela. “Eles brigavam muito, e ele chegou a ameaçá-la várias vezes, mas ela nunca registrou um boletim de ocorrência. Não posso acusá-lo antes que o laudo saia, mas é devastador perder minha irmã assim”, desabafou Rosy, pedindo que o caso seja esclarecido e, se houver culpa, que o responsável seja punido.

Exames preliminares

Na tarde desta segunda-feira, o suspeito passou por exames de lesões corporais. Segundo o delegado Mateus Nery, não foram encontrados indícios que apontassem para feminicídio, como marcas de luta ou reação por parte da vítima. O suspeito segue colaborando com a investigação e reafirmou sua versão dos fatos.

O corpo de Taiza foi recolhido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Serrinha, que realizará a necropsia para determinar a causa da morte. O caso continua em investigação.

 

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