19 abr 2025

PM Tchaca e o rifeiro Nanan Premiações são presos por esquema de rifas ilegais em operação da Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Falsas Promessas, que resultou na prisão de 22 pessoas envolvidas em um esquema milionário de rifas ilegais, incluindo o policial militar e influenciador digital Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Tchaca, e o rifeiro Nanan Premiações.

A operação, conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), aconteceu simultaneamente em Salvador, na Região Metropolitana (RMS) e em cidades do interior da Bahia. Além dos 22 mandados de prisão, a ação inclui medidas cautelares diversas de prisão.

Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 500 milhões por meio de rifas de alto valor divulgadas em redes sociais, com resultados supostamente manipulados para beneficiar os próprios organizadores. A polícia também revelou o uso de empresas de fachada e laranjas para lavar o dinheiro e dificultar o rastreamento da origem dos valores ilícitos.

Nanam Premiações voltou a ser preso em operação Crédito: Reprodução

Entre os alvos desta fase estão Nanan e sua esposa, apontados como líderes do esquema. O casal foi preso em um condomínio de luxo na Estrada do Coco, na RMS. Nanan já havia sido alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro em setembro do ano passado.

Tchaca é influencer e seguido por ao menos 130 mil seguidores nas redes Crédito: Reprodução

Apesar de ter grande alcance nas redes sociais — com 74 mil seguidores no Instagram e 61 mil inscritos no YouTube, onde comanda o “PodTchaca”, um podcast voltado para temas policiais — o PM Tchaca agora enfrenta a Justiça. Ainda não está claro o papel exato dele e dos outros quatro policiais militares presos nas ações criminosas, mas todos são investigados por participação no esquema de rifas ilegais.

Esta não é a primeira vez que Tchaca se vê envolvido em investigações. Ele foi um dos nove policiais militares envolvidos na morte de 12 pessoas no bairro do Cabula, em Salvador, em 2015. À época, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) concluiu que a ação teria sido planejada como uma forma de vingança, embora o caso ainda gere controvérsias.

A Operação Falsas Promessas continua em andamento, com a polícia analisando documentos e materiais apreendidos para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos.

Fonte: FR /informações Correio

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