As chuvas que começaram por volta das 18h e seguiram até depois das 22h desta quinta-feira (20) provocaram alagamentos em vários pontos de Capim Grosso, gerando transtornos e prejuízos para moradores e comerciantes, principalmente no bairro Planaltino.
A forte precipitação, que durou cerca de quatro horas, invadiu casas, arrastou objetos e causou perdas materiais em diferentes regiões da cidade. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores tentando conter a água e resguardar pertences.
O Planaltino, por ser uma área de terreno plano e historicamente vulnerável ao acúmulo de água, foi o bairro mais afetado
Moradores atribuem problemas às obras de saneamento e ao calçamento
Parte da população atribuiu os alagamentos às obras recentes de pavimentação da prefeitura e à rede de esgoto mantida pela Embasa. Muitos relataram que a água retornou por ralos e pontos de escoamento, sugerindo dificuldades na drenagem.
Em situações semelhantes, a Embasa já havia esclarecido que sua rede é destinada apenas ao esgoto doméstico, não sendo projetada para receber águas pluviais. A empresa também alertou que ligações irregulares feitas por moradores — conectando águas de telhado e quintal à rede — podem comprometer a vazão e gerar extravasamentos em períodos de chuva.
Prefeitura ainda não se pronunciou sobre o caso desta quinta
Até o momento, a prefeitura não divulgou posicionamento sobre os alagamentos mais recentes. Em episódios anteriores, a gestão municipal explicou que algumas casas estão abaixo do nível da rua, o que favorece a invasão de água. Afirmou ainda que cada caso é analisado individualmente para definir medidas corretivas.
Diversos fatores contribuem para o problema
O cenário registrado quinta-feira é resultado de uma combinação de fatores:
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Grande volume de chuva em pouco tempo, sobrecarregando o sistema urbano.
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Topografia plana de bairros como o Planaltino, que facilita o acúmulo de água.
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Infraestrutura antiga ou insuficiente, fruto de anos de expansão urbana sem planejamento adequado.
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Possíveis irregularidades em ligações de esgoto feitas por moradores, reduzindo a capacidade de escoamento.
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Obras e manutenções que podem não acompanhar as demandas crescentes da cidade.
Solução depende de ações conjuntas
Para reduzir a frequência de episódios como este, especialistas apontam que são necessárias ações combinadas:
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Intervenções mais estruturantes por parte da gestão pública, com foco em drenagem e redes de escoamento compatíveis com a realidade da cidade;
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Colaboração dos moradores, seguindo orientações técnicas da Embasa e evitando práticas que prejudiquem o sistema de saneamento;
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Conscientização sobre descarte de lixo, que pode obstruir bueiros e agravar alagamentos.
Enquanto isso, moradores esperam respostas e medidas efetivas para evitar novos prejuízos em períodos de chuva intensa.
