26 nov 2025

Capim Grosso: Lagoa de Dete atinge limite após chuvas e reacende debate sobre drenagem

A conhecida Lagoa de Dete, localizada às margens da via que dá acesso ao contorno de São José do Jacuípe, voltou a preocupar moradores e a gestão municipal de Capim Grosso. Com as chuvas recentes, a área apresenta riscos de alagamentos, reflexo de anos de falta de planejamento urbano e ocupação desordenada no entorno, especialmente no bairro Sacramento.

Ao longo dos anos, áreas que deveriam funcionar como espaço natural de expansão da lagoa foram sendo ocupadas com construções irregulares e até calçamentos inadequados, sem considerar a capacidade de armazenamento de água do local.
O crescimento de imóveis ao redor, aliado ao fechamento do escoamento natural da lagoa por moradores e comerciantes, diante da ausência de fiscalização efetiva,  ampliou o represamento e reduziu drasticamente o funcionamento do sangradouro.

Com o acumulo de águas após as chuvas a já se aproxima das residências

Segundo a gestão municipal, o sangradouro foi bloqueado por conta do fechamento do canal na altura da propriedade da família do vereador Nem de Titininho, devido a construções que diminuem a vasão. 
O vereador, no entanto, nega que sua família tenha realizado qualquer obra que bloqueasse o canal. Ele alega que a solução definitiva seria a Prefeitura adquirir a casa de um morador e fazer a ligação de um novo canal até outra lagoa localizada atrás do Barbosão na Avenida ACM.

Durante uma reunião na Câmara de Vereadores, o prefeito convidou o vereador Nem de Titininho para discutir o assunto em seu gabinete e juntos buscar uma solução. O vereador não confirmou presença e reiterou apenas que, em sua visão, o problema seria resolvido com a compra do imóvel citado.

Lagoa do lado oposto já recebeu bastante água da última chuva

Com a chegada do período chuvoso, a preocupação aumenta, já que a única medida emergencial adotada até o momento foi a instalação de uma tubulação para desviar a água para uma lagoa do outro lado da pista. No entanto, essa alternativa não atende a demanda: o local é mais alto que o nível da lagoa principal, o que faz com que a água retorne e acabe invadindo residências próximas.

Enquanto não houver um projeto técnico adequado e ações efetivas de desobstrução, drenagem e recuperação da área, moradores continuarão enfrentando risco de alagamentos e prejuízos. A situação exige diálogo, responsabilidade coletiva e uma solução estruturada que coloque fim ao problema que se arrasta há anos.

Fonte: FR Notícias

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