16 jul 2025

Donald Trump agora quer o fim do Pix no Brasil

Uma nova tensão comercial entre Estados Unidos e Brasil ganhou força nesta terça-feira, 15 de julho. O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) — órgão do governo norte-americano — abriu uma investigação formal contra o Brasil, alegando práticas comerciais desleais no setor de pagamentos digitais. O foco da controvérsia? O sistema Pix.

Segundo o USTR, o Brasil pode estar restringindo artificialmente a competição no setor de pagamentos ao favorecer o Pix — criado e gerido pelo Banco Central — em detrimento de plataformas privadas internacionais, como o WhatsApp Pay, da Meta. A alegação é de que a atuação do governo brasileiro teria prejudicado empresas norte-americanas, configurando uma suposta prática anticoncorrencial.

O pano de fundo da investigação remonta a 2020. Em junho daquele ano, o WhatsApp anunciou o lançamento do WhatsApp Pay no Brasil, com a promessa de revolucionar os pagamentos digitais por meio do aplicativo de mensagens mais popular do país. No entanto, poucos dias após o anúncio, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspenderam o funcionamento do serviço.

A medida foi interpretada, na época, como uma forma de proteger o lançamento iminente do Pix, previsto para novembro daquele mesmo ano. O sistema de pagamentos instantâneos do BC rapidamente se tornou um fenômeno no Brasil, sendo adotado por milhões de brasileiros e ganhando o respaldo dos grandes bancos nacionais. Para os Estados Unidos, no entanto, esse sucesso pode ter vindo às custas da livre concorrência.

O Banco Central do Brasil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas especialistas apontam que a defesa brasileira deve se basear na autonomia regulatória do país para garantir a segurança e estabilidade do seu sistema financeiro.

Enquanto isso, o Pix continua crescendo — e agora também se vê no centro de uma disputa geopolítica que pode ir além da tecnologia e tocar em temas como soberania, concorrência global e protecionismo.

Fonte: Fr Notícias/com informações A Tarde

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