07 set 2024

Mãe acusa ex-marido de espancar e abusar sexualmente da filha de 3 anos; veja relato

A fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis, mãe de uma criança de 3 anos, usou as redes sociais no último domingo (21) para pedir socorro. Em vídeo postado na sua conta no Instagram, ela relata que após a separação do casal, a filha começou a chegar da casa do pai com marcas roxas de agressão no corpo e vermelhidão nas partes íntimas. A mãe conta ainda que a criança começou a esconder a genitália, impedindo que ela realizasse a higiene e troca de fraldas.
A genitora conta que fez a denúncia publicamente após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) arquivar o caso no início do mês, alegando “falta de provas concretas” e ainda designar a guarda compartilhada. A mãe alega que mesmo com todas as evidências, inclusive com relato da própria criança, que descreveu os atos obscenos, a Justiça não impediu o contato da criança com o pai, que é dono de academia luxuosa de tênis, no Caminho das Árvores.
Segundo a mãe, a criança chama o pai de “monstro Guilherme”, chora para não ir passar os finais de semana e quando volta está extremamente agressiva e chega a mutilar o próprio corpo.
Tamires informou que na última semana o genitor manteve contato com a filha, conforme decisão judicial, e a criança quando chegou em casa mordeu o lábio até ferir. “Tenho noites e noites sem dormir. Pensei que iria separar e resolveria, mas piorou, a nossa vida virou um pesadelo”, disse. O acusado ainda não falou sobre o assunto.
Relato postado nas redes – A mãe da menina conta que a criança tinha 1 ano e 6 meses quando os pais se separaram e começou a viver com os dois, em casas separadas. “Em julho de 2022, ele devolveu minha filha e ela chorava muito. Tentei trocar ela, mas fez barreira de travesseiros, dobrou as pernas e cobriu o rosto. Não deixava eu tirar a fralda de jeito nenhum. Vi que as regiões íntimas estavam avermelhadas. Não conseguia fazer a higienização correta por causa desse trauma de quando ela estava na casa do pai”, narrou.
Após ocorrências similares, Tamires conta que confrontou o pai da criança sobre a situação e ele acusou a namorada dele e disse que iria terminar o relacionamento. Depois, a fonoaudióloga estabeleceu que os encontros deveriam acontecer mediante acompanhamento de uma babá. “[Mas] ele deixava a babá em casa e saía sozinho com minha filha. A babá relatou situações de maus-tratos dele com minha filha. E, assim, todas babás que passaram tinham medo dele”, afirma.
A situação, no entanto, só foi confirmada pela mãe quando a filha reproduziu atos de cunho sexual em casa. “Quem fez isso em você? ‘Foi papai, mamãe, foi papai que fez’”, descreveu. “Na hora veio um misto de raiva porque tive a prova concreta de que tudo que estava sentindo e tudo que filha estava gritando era verdade. Minha filha estava passando por violência sexual”.
Tamires prestou queixa e conta que a polícia indiciou o pai. O caso seguiu para o MP, que pediu a reabertura do inquérito. Novamente, a conclusão foi o indiciamento do suspeito.
“O genitor solicitou um relatório da escola e anexou. Os juízes e desembargadores deram parecer baseado nisso e na fala dos pais do investigado. Não levaram em consideração minha mãe, o relato da vítima, meu relato, relato psicossocial, não foram levados em consideração”, reclama.
O Ministério Público também foi procurado e a reportagem aguarda retorno. Já o Tribunal de Justiça da Bahia respondeu que, por envolver uma menor de idade, o processo tramitou em segredo de justiça, e a Polícia Civil apenas confirmou que os procedimentos foram encaminhados ao Poder Judiciário com os devidos indiciamentos.
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