05 dez 2025

Vereador de Jaguarari é preso em operação que investiga esquema de tráfico que movimentou R$ 4 bi

A Polícia Civil da Bahia prendeu, nesta quinta-feira (4), um vereador de 48 anos do município de Jaguarari e outras cinco pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas. As prisões fazem parte da 2ª fase da Operação Anátema, que investiga um esquema que movimentou mais de R$ 4 bilhões nos últimos cinco anos.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador e cumpridos em diversos municípios da Bahia — entre eles Santo Estêvão, Feira de Santana, Jaguarari, Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho — além dos estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Prisão do vereador em Jaguarari

Em Jaguarari, a operação ocorreu no início da tarde. Agentes da 1ª Delegacia Territorial de Senhor do Bonfim, com apoio do Grupo de Apoio Tático e Técnico à Investigação (GATTI/Centro-Norte), cumpriram o mandado contra o vereador, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Após ser conduzido ao Complexo Policial e passar por exames no Departamento de Polícia Técnica (DPT), ele permaneceu preso à disposição da Justiça.

Operação antecipada após vazamento

O diretor do DRACO — Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, delegado Fábio Lordello, informou que a deflagração da fase 2 precisou ser antecipada por causa do vazamento de informações sigilosas em veículos de imprensa.

“O vazamento de dados protegidos por sigilo judicial constitui grave afronta à investigação. Serão adotadas providências cabíveis para apurar rigorosamente a origem do ilícito e responsabilizar todos os envolvidos”, afirmou o delegado.

R$ 4 bilhões movimentados pelo grupo

A 2ª fase da Operação Anátema dá continuidade ao trabalho iniciado em setembro, quando sete integrantes do grupo criminoso foram presos. As investigações apontam que o esquema era liderado por Fábio Souza Santos, conhecido como “Geleia”, foragido do sistema prisional desde 2023.

Segundo a Polícia Civil, Geleia comandava um núcleo que movimentou mais de R$ 4 bilhões em cinco anos, principalmente através do tráfico de drogas. O avanço das análises financeiras, telemáticas e patrimoniais permitiu aprofundar a investigação e embasar as novas diligências.

Ação conjunta

A operação desta quinta-feira contou com a participação integrada do DRACO, unidades do DEPIN de Juazeiro, Senhor do Bonfim e Feira de Santana, além das Polícias Civis de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

A Polícia Civil informou que a operação segue em andamento para cumprimento de ordens judiciais restantes, com novas informações sendo divulgadas conforme o avanço das diligências e autorização judicial.

Redação/com informações G1/Portal Jaguarari

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