A redação do Calila Notícias foi procurada pela senhora Terezinha de Araújo Oliveira, 65 anos, moradora do Povoado Vargem Grande, município de Valente no território do sisal para relatar um fato na sua vida e o pedido de ajuda no sentido de tentar localizar o senhor Djalma Elisiário de Souza, hoje com 68 anos, natural da região de Irecê no sertão da Bahia.
Segundo a aposentada o objetivo de encontrar o ex-companheiro é um só, realizar o sonho de Maria Dejane de Araújo, 47 anos, conhecer o seu pai, já que estava no ventre de sua mãe gestante de 7 meses quando Djalma sumiu e não deu mais notícia.
Dona Terezinha relatou que na década de 1970 quando tinha apenas 16 anos, conheceu Djalma que tinha chegado da região de Irecê, mais precisamente do Distrito Jussara, que depois se tornou município, ele tinha 19 anos e veio pra Valente trabalhar de tratorista, começaram um namoro e passados alguns meses ele convidou para ir com ele pra o sertão, ela já bastante envolvida aceitou a proposta e seguiram para o destino de mais de 400 km e passado alguns meses residindo na casa dos pais de Djalma, segundo ela lembra bem deles, senhor Adonias e dona Custódia, passado alguns meses descobriu que estava grávida e seguiu normalmente o período de gestação, até que no sétimo mês, ele desapareceu e não deu mais notícia.
“Foi o pior momento de minha vida, porque no tempo estava uma seca muito grande e as pessoas passavam fome, ele que quando chegava depois de um dia de trabalho levava o alimento para casa, depois que ele desapareceu a coisa ficou feia, passou a faltar comida pra gente, até que um dia os pais dele me aconselharam eu voltar pra minha casa em Valente, mas não sabia como, era tão longe, as coisas muito mais dificéis que hoje, mas Deus botou na minha frente um caminhoneiro que rodava de Coité pra região de Irecê pra pegar sisal, me lembro bem o apelido, Val. Ele me trouxe e pouco tempo depois minha filha nasceu”, contou Dona Terezinha.
Já se passaram 47 anos, dona Terezinha disse que a vontade de encontrar o pai de Jane é maior ainda pra esclarecer algo, já que a filha cobra muito dela, acha que foi a culpada de ele ter desaparecido, quando na realidade ela que sofreu o pior momento de sua vida.
Mãe ainda muito jovem foi pra São Paulo e deixou Jane com um casal, ao chegar em SP conheceu um homem que lhe acolheu e lhe deu um filho que ela se enche de alegria ao falar que é o amor de sua vida, dois anos depois teve mais uma filha aos 22 anos e parou por aí. Nenhum dos três mora com Dona Terezinha, Jane única que não conhece o pai, reside em Campina Grande interior da Paraíba, assim como seu irmão Marcos Paulo 45 anos, e a mais nova Fernanda reside em São Paulo.
O CN deseja que Dona Terezinha e Dejane tenha a mesma sorte da familia de senhor Vadinho, natural da cidade de Pintadas, no território da Bacia do Jacuípe que ninguém tinha notícia há mais de 50 anos, após publicação de matéria neste site dias depois familiares tiveram a informação que ele estava no distrito Canoão, município de Ibititá, também no sertão da Bahia, microrregião de Irecê. Veja a história abaixo